Nesta edição, sensível às transformações que a pandemia impôs na forma como as atividades acadêmicas são organizadas e atento às demandas mais atuais de integração, inclusão e sensibilização, o Seminário propõe um novo modo de organização, com atividades com menor tempo de duração, com espaços de interação não-hierarquizados e possibilidades de trocas em diferentes níveis.

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Não por acaso, o tema escolhido para essa edição consiste na pergunta: somos feitos de crises? A partir dela, entende-se ser possível provocar uma proliferação de outras questões que atravessam o encontro da filosofia com a pedagogia, avizinhada a outras áreas do saber, de modo a promover pistas para os desafios da educação contemporânea que, mais uma vez se vê em meio a uma situação de crise. Referenciais não faltam para analisar a problemática proposta: de Platão a Marx, de Rousseau a Arendt, de Rancière a Krenak. O objetivo, portanto, ao se escolher o tema em questão é viabilizar a pluralidade de abordagens da crise em sentido lato e de suas variantes no contexto educacional.

 

No lugar das conferências e mesas-redondas, propõe-se a realização de Sessões de Conversações, menores, mais objetivas e mais integradoras e, Entrevistas, para um público maior, mas capazes de detalhar, problematizar o pensamento apresentado sem perder o foco e se estender além do que é suportável para o novo público pós-pandemia, seguidas de outra atividade, mais informal, que acontecerá no hall do auditório, intitulada Conversa com a entrevistada ou Conversa com o entrevistado, ao mesmo tempo em que ocorre a sessão de divulgação de livros e atividade cultural.

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Também saem as tradicionais sessões de apresentação de comunicação oral, para dar lugar os ciclos de debate, centradas em temas comuns e que pretendem integrar pesquisadoras e pesquisadores a partir do trabalho colaborativo segundo uma metodologia específica de organização da atividade.

 

Outra atividade que já vinha sendo desenvolvida nas edições anteriores do Seminário, são as atividades nas escolas públicas da região durante o evento. Agora, essas atividades devem se estender para antes e depois, com a inclusão maior de docentes e estudantes no evento, no conjunto denominado Acontece na escola.

 

Tendo em vista a necessidade crescente em publicar, publicar e publicar, sob o incômodo crescente acerca da qualidade duvidosa dessas publicações, somado ao envio apressado de trabalhos sem condições de serem levados a público, o evento terá duas possiblidades de divulgação, privilegiando o sentido de sensatez de cada tipo de publicação possível:

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1. O primeiro é dirigido a trabalhos já consolidados, com resultados finais, ou parciais consistentes, de forma a promover efetivamente a discussão em torno da temática com sustentação. Para tanto, espera-se publicar em livro, os trabalhos selecionados a partir dos ciclos de debate, resultantes de pesquisa de mestrado ou doutorado, concluídos e com recomendação ou coautoria de suas orientadoras e de seus orientadores e, que forem recomendados por conselho científico e, posteriormente, por conselho editorial.

2. O segundo tipo consiste na publicação, nos Anais do Seminário (ISSN 2448-3397), de relatos de experiência decorrentes da participação no evento. Ou seja, consiste na provocação de fazer pensar a partir da experiência momentânea em relação ao evento, o que faz com ele seja significativo para o público e gere, além de um produto para o/a participante, um feedback para a organização do mesmo. Este modelo é inspirado no XII Colóquio Internacional de Filosofia e Educação (UERJ). Após o evento, participantes de graduação, pós-graduação, docentes da educação básica e o público em geral que quiser publicar suas impressões, reflexões e experiências na participação no evento, poderão enviar, seguindo um template que tem por finalidade apenas organizar a submissão, seus textos para publicação.

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